As 4 prioridades do CEO do YouTube para 2025 📺

Monetização, IA, TV e podcasts: como o YouTube está moldando o futuro da criação de conteúdo

🔥 O que você encontrará hoje

🎵 Música e TikTok – Como a plataforma virou o motor da indústria musical e influencia diretamente os charts.

📺 Os planos do YouTube para 2025 – TV, podcasts, monetização e IA: o que a plataforma está preparando para criadores.

🎙️ Spotify e a disputa pelo vídeo – O crescimento do Partner Program e como o Spotify está tentando desafiar o YouTube.

🏛️ Criadores na Casa Branca – Podcasters e influenciadores agora ocupam a primeira fileira no governo dos EUA.

O TikTok virou o motor da indústria da música

O TikTok divulgou um novo relatório sobre seu impacto na música – e os números confirmam o que todo mundo já sabe: se uma música viraliza por lá, ela domina os charts.

  • 84% das músicas que entraram no Billboard Global 200 primeiro viralizaram no TikTok.

  • Usuários do TikTok têm 74% mais chance de descobrir e compartilhar novas músicas do que usuários de outras plataformas.

  • 96% dos artistas analisados viram uma relação direta entre views no TikTok e streams nas plataformas de música.

E mais:

  • Quem usa TikTok tem 68% mais chance de pagar por um serviço de streaming.

  • Fãs de música na plataforma gastam mais do que o público médio..

O TikTok não é só um app de trends – ele virou a rádio da nova geração. Se antes gravadoras e rádios definiam o que tocava, agora são os criadores e o algoritmo que fazem uma música explodir.

Com o debate sobre um possível banimento da plataforma nos EUA, o TikTok deixou um recado claro para a indústria: sem ele, o que impulsiona a música hoje para.

CEO do YouTube define áreas-chave de foco para 2025

O YouTube completa 20 anos e, segundo o CEO Neal Mohan, a plataforma não só mudou a forma como consumimos vídeos, mas também redefiniu a cultura digital. Agora, olhando para 2025, a empresa tem quatro apostas principais para continuar liderando a evolução do conteúdo online.

1️⃣ - O YouTube será o epicentro da cultura Mohan reforça que os maiores momentos globais acontecem na plataforma:

“Na preparação para a eleição presidencial dos EUA de 2024, os americanos vieram ao YouTube para consumir conteúdos eleitorais de diversas fontes, incluindo a entrevista de Joe Rogan com Donald Trump, que já ultrapassou 55 milhões de views, além de esquetes do Saturday Night Live. No dia da eleição, mais de 45 milhões de pessoas assistiram a conteúdos relacionados no YouTube.”

E não é só política. Olimpíadas, Coachella, Super Bowl e Cricket World Cup são eventos que geram engajamento massivo na plataforma.

Outro ponto forte é o crescimento dos podcasts:

O YouTube já é o serviço mais usado para ouvir podcasts nos EUA. Neste ano, lançaremos mais ferramentas para apoiar podcasters, melhorar a monetização e facilitar a descoberta.

O YouTube quer ser a central de tudo, seja vídeo curto, long-form ou áudio.

2️⃣ - Criadores são as novas startups de Hollywood

A produção independente está virando um negócio gigante, e o YouTube está apostando nisso. Mohan destaca que criadores estão construindo seus próprios estúdios, como o de Alan Chikin Chow (10.000 pés quadrados em Burbank) e o de Kinigra Deon, no Alabama.

No ano passado, mais de 50% dos canais que faturam cinco dígitos ou mais no YouTube ganharam dinheiro de fontes além de anúncios e YouTube Premium.

Isso inclui recomendações de produtos – como a criadora Bora Claire, que gerou centenas de milhares de dólares em vendas com um único vídeo sobre cardigãs de cashmere – e o crescimento de 40% nas assinaturas de canais.

A plataforma está dobrando a aposta na monetização diversificada, indo além da publicidade tradicional.

3️⃣ - O YouTube já é a nova TV 

O maior salto foi na TV conectada. Nos EUA, a TV ultrapassou o celular como principal tela do YouTube, e o consumo diário na plataforma já passa de 1 bilhão de horas.

Estamos trazendo o melhor do YouTube para as TVs, incluindo uma experiência de segunda tela que permite comentar e comprar pelo celular enquanto assiste na TV.

Além disso, o YouTube está testando o Watch With, um recurso para criadores comentarem eventos ao vivo, como já começou a fazer com a NFL.

A briga agora não é mais só com o TikTok e o Instagram – é com a TV tradicional.

4️⃣ - A inteligência artificial será um grande diferencial

O YouTube está incorporando IA para facilitar a vida dos criadores. Algumas das inovações incluem:

Dream Screen e Dream Track → Geram imagens e músicas para vídeos automaticamente.
Auto-dublagem → Vídeos traduzidos para outras línguas com um clique.
Criação de thumbnails e títulos via IA → Automação para testar o que funciona melhor.

Mais de 40% do tempo total de exibição dos vídeos dublados no YouTube vem de pessoas escolhendo assistir em outra língua.

A IA também será usada para detectar deepfakes e proteger criadores, além de melhorar a classificação de conteúdo para diferentes faixas etárias.

O que isso significa?

O YouTube está se transformando em uma plataforma única para tudo: TV, podcasts, vídeos longos, shorts e shoppable content.Se antes um criador precisava diversificar entre várias plataformas, agora o YouTube quer ser o único lugar que importa.

O YouTube não está só acompanhando as mudanças – ele quer liderar o futuro do entretenimento digital.

O Spotify encontrou um novo motor de crescimento

Em novembro, falamos sobre os planos do Spotify de adotar um modelo de monetização anti-anúncio para competir com o YouTube, apostando em uma abordagem mais direta para recompensar criadores. Agora, três meses depois, os primeiros números mostram que a estratégia está funcionando.

Desde o lançamento do novo Partner Program:

  • O consumo de video podcasts no Spotify aumentou 20%.

  • Os 20 maiores podcasts elegíveis para o programa cresceram 24% em audiência.

  • Os pagamentos para criadores e redes quadruplicaram em relação ao ano passado.

E não são só os gigantes que estão se beneficiando. Segundo o Spotify, centenas de criadores já faturaram pelo menos $10.000, e alguns ultrapassaram seis dígitos em receita. O próprio CEO, Daniel Ek, comemorou os resultados nas redes sociais.

Isso confirma o que já discutimos em novembro: o Spotify não quer ser só uma plataforma de música, ele quer dominar o mercado de vídeo e podcasts. Com um modelo menos dependente de anúncios, ele se posiciona como uma alternativa real para criadores que querem monetizar de formas mais previsíveis.

Se o YouTube está mirando na TV, o Spotify está mirando no YouTube. E a briga está só começando.

📌 Releia o que falamos sobre os planos do Spotify em novembro aqui. (Inserir link para a edição anterior da newsletter)

Criadores na Casa Branca: a nova mídia política dos EUA

O impacto dos criadores de conteúdo na política nunca foi tão evidente. Após uma campanha que usou podcasts e influenciadores como peça central, a Casa Branca agora reservou a primeira fileira das coletivas de imprensa para jornalistas independentes, podcasters e criadores de conteúdo.

Esse movimento não veio do nada. Durante as eleições de 2024, candidatos perceberam o poder das plataformas independentes. Donald Trump, por exemplo, escolheu falar primeiro com Joe Rogan e Theo Von em vez de grandes emissoras. O podcast de Rogan com Trump ultrapassou 55 milhões de views, provando que os criadores de conteúdo não são mais um canal alternativo  eles são a nova mídia dominante.

A mudança é simbólica. Durante décadas, a grande imprensa dominou o acesso ao poder. Agora, influenciadores estão no centro do jogo político. O que isso significa para o futuro da informação?

Se o que aconteceu nas eleições for um indicativo, o modelo tradicional de mídia pode nunca mais ser o mesmo.

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